Soroterapia: especialista diz que o foco deve ser sempre em uma abordagem equilibrada e personalizada, levando em consideração as necessidades nutricionais de cada indivíduo, o estado de saúde geral, as queixas clínicas, os exames e os medicamentos em uso

A apresentadora Luciana Gimenez e a cantora Demi Lovato – Foto divulgação

Um médico qualificado pode determinar as necessidades específicas de cada mulher, considerando fatores como idade, condições de saúde, queixas clínicas e exames

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A apresentadora Luciana Gimenez e a cantora Demi Lovato são personalidades famosas que aderiram ao uso da soroterapia. Segundo a ginecologista Helena Lapa (CRM-SP 221.722 e RQE 106763), a técnica pretende repor vitaminas, minerais, antioxidantes, aminoácidos por meio de aplicação direta na veia. Isso ocorre por um soro, que também pode ser aplicado de forma intramuscular. A médica explica que na abordagem convencional do tratamento, com uso da via oral, as substâncias precisam primeiro entrar no sistema digestivo, serem processados, para então serem absorvidos, antes de cair na corrente sanguínea e ser metabolizado no fígado. “Vemos que um dos principais diferenciais da terapia injetável é a rapidez na absorção, com respostas fisiológicas e farmacológicas imediatas. Os ativos injetáveis apresentam efeitos mais rápidos de metabolização graças à facilidade com que os compostos são absorvidos pelas células, porque vão direto pela corrente sanguínea”, aponta.

A especialista comenta que uma das vantagens da via venosa é a possibilidade do controle da administração ao paciente, capaz de personalizar totalmente o tratamento, com a dose correta dos compostos necessários para suprir suas deficiências. O nível de absorção das substâncias chega a quase 100% em relação ao uso da via oral, tornando o tratamento mais rápido e eficaz. Além disso, muitos apresentam problemas de absorção, como gastrite, refluxo, síndrome do intestino irritável, intolerâncias alimentares, que podem atrapalhar a absorção via oral. Pela via venosa, isso não vai impactar.

 

Dra. Helena Lapa – Foto divulgação

 

Helena lembra que a terapia injetável se traduz na melhora da saúde e do bem-estar físico do paciente, pois vai ajudar o corpo a obter as ferramentas necessárias para permanecer em suas melhores condições fisiológicas, de forma mais rápida e eficaz. “Algumas substâncias só existem na forma injetável, como, por exemplo, a Glutationa e outras na forma oral e injetável. Quando há um equilíbrio ideal de vitaminas, minerais e nutrientes, o paciente não só se sente bem, como melhora a qualidade de vida”, afirma.

 

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O que a paciente precisa saber acerca desta terapia?

De acordo com a especialista, certas condições de saúde, principalmente resistência à insulina, dislipidemias, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares, podem influenciar a necessidade e a segurança de determinados suplementos. Alguns deles podem interagir com os medicamentos usados para tratar essas condições de saúde, reduzindo sua eficácia ou aumentando o risco de efeitos colaterais. “É importante o acompanhamento com o médico para monitorar os efeitos e ajustar as doses conforme necessário. Qualquer sintoma inesperado, como dores de cabeça, fadiga, náuseas intensas, problemas digestivos, dor e vermelhidão no local da aplicação, devem ser relatados ao médico, pois pode indicar uma reação adversa à terapia”, orienta.

 

Contraindicações

Helena observa que as contraindicações incluem pacientes com histórico de reações alérgicas a algum componente da solução injetável; pacientes com distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes podem ter risco aumentado de sangramento ou hematomas no local da aplicação; algumas substâncias não podem ser administradas ou devem ser feitas com mais cautela e ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal grave ou insuficiência hepática; cuidados em gestantes e amamentação, pois algumas substâncias injetáveis podem ser teratogênicas ou excretados no leite materno, podendo ser prejudicial ao feto ou ao bebê, por isso sempre importante informar ao médico previamente; alguns pacientes têm uma fobia extrema de agulhas que pode causar reações adversas, como síncope (desmaio) durante a administração, podendo ser necessário técnicas especiais ou sedação que envolvem injeções nesses pacientes.

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