Vídeo-histeroscopia investiga sangramentos uterinos anormais como períodos excessivamente longos, fluxo intenso e entre os ciclos menstruais ou após a menopausa

A apresentadora Lívia Andrade – Foto divulgação

O procedimento pode ser realizado sem anestesia geral, usando apenas anestesia local ou sedação leve, tornando-o acessível e a recuperação mais rápida

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Recentemente, a apresentadora Lívia Andrade passou por uma cirurgia chamada vídeo-histeroscopia. A ginecologista Juliana Risso (CRM-RJ 526961-5 e RQE 15.793) explica que esse procedimento é minimamente invasivo, permitindo aos médicos visualizar diretamente o interior do útero usando um histeroscópio, um dispositivo fino e iluminado com uma câmera. Realizado no consultório ou em ambiente hospitalar, geralmente com anestesia local ou leve sedação, o exame é usado para diagnosticar e, às vezes, tratar diversas condições uterinas. Segundo a médica, o procedimento é também utilizado para diagnosticar e tratar problemas de infertilidade por permitir verificar a presença de anomalias no útero, como aderências, miomas ou pólipos, que podem estar afetando a fertilidade.

 

A vídeo-histeroscopia é indicada para avaliar e tratar anomalias congênitas ou adquiridas do útero, diagnosticar câncer endometrial ou hiperplasia e remover dispositivos intrauterinos (DIUs) que estejam deslocados ou de difícil remoção. “Há um mito de que o procedimento é extremamente doloroso e deve ser evitado, o que pode impedir mulheres de receberem diagnósticos precisos e tratamentos oportunos. A vídeo-histeroscopia é uma ferramenta valiosa na ginecologia moderna, proporcionando uma abordagem precisa e menos invasiva para o diagnóstico e tratamento de várias condições uterinas”, afirma.

 

Procedimento pode ser ambulatorial ou cirúrgico

Ambulatorial: é geralmente usada para diagnósticos e procedimentos menores. É realizada no consultório médico ou em uma clínica sem a necessidade de anestesia geral, apenas com anestesia local ou sedação leve. Esta abordagem é indicada para investigações de sangramento uterino anormal, coleta de biópsias endometriais, remoção de pequenos pólipos ou DIUs, e para avaliar anomalias uterinas.

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Dra. Juliana Risso – Foto divulgação

 

A ginecologista conta que é comum sentir um leve desconforto ou cólicas durante as primeiras 24 horas após a cirurgia, mas é manejável com analgésicos. No entanto, ela salienta que o procedimento é rápido, com a paciente podendo retornar às suas atividades normais quase imediatamente após o exame.

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Cirúrgica: é realizada em um ambiente hospitalar e pode necessitar de anestesia geral ou regional, dependendo da complexidade do procedimento. É utilizada para tratar condições mais complexas ou realizar intervenções maiores, como a remoção de grandes miomas submucosos, correção de anomalias congênitas do útero (como septos uterinos), tratamento de aderências intrauterinas (sinéquias) e ablação endometrial para controlar sangramentos excessivos.

 

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Juliana reforça que as mulheres podem precisar de alguns dias de repouso antes de voltar às suas atividades diárias normais. Em alguns casos, pode haver uma recomendação para evitar atividades físicas intensas e relações sexuais por uma ou duas semanas. O desconforto pós-operatório é mais significativo, mas também pode ser controlado com medicamentos prescritos. Esses procedimentos são mais extensos e podem requerer um período de recuperação maior.

 

Em ambos os casos, é importante seguir as orientações do médico, incluindo cuidados específicos no pós-procedimento, como evitar o uso de tampões ou duchas por um determinado período e estar atento a sinais de infecção ou complicações, como febre, dor intensa ou sangramento excessivo. “A maioria das mulheres se recupera completamente sem complicações, beneficiando-se dos diagnósticos e tratamentos precisos proporcionados pela vídeo-histeroscopia”, finaliza.