Apresentador e dono do SBT, Silvio Santos morreu neste sábado, 17/08, e deixou um legado histórico. Com mais de 60 anos de carreira, Senor Abravanel marcou a vida dos brasileiros, consagrou a comunicação no país e quase se tornou presidente do Brasil.
Em 1989, o comunicador se candidatou ao cargo presidencial após o período da Ditadura Militar (1964-1985). No entanto, sua candidatura foi impugnada por conta de uma mudança de última hora.
Na época, Silvio se filiou ao Partido da Frente Liberal (PFL, atual DEM) e depois mudou para o Partido Municipalista Brasileiro (PMN), que já tinha um candidato concorrendo ao cargo, o Armando Corrêa. O candidato já havia sido apresentado aos eleitores e as cédulas de votação, que na época eram impressas, já estavam com o nome dele.
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Corrêa cedeu a vaga de candidato ao apresentador, que avisou os eleitores que deveriam fazer. “No dia das eleições, não haverá Silvio Santos na cédula. Vocês deverão colocar o X e marcar 26. Por favor, não escrevam na cédula porque anularão o voto. E podem acreditar: o Silvio Santos vai lutar por vocês, defender os interesses do povo e o desenvolvimento do Brasil. Quem acredita em mim deve votar no 26”, afirmou na campanha.
Pedido dos concorrentes
Por fim, os concorrentes para o cargo não gostaram da boa fama de Silvio e protocolaram 18 pedidos de impugnação da candidatura. Dessa forma, por uma decisão unânime, o TSE acatou os pedidos e concluiu que o partido do PMN não seguiu com as leis eleitorais, impedindo a candidatura de Silvio Santos.
Vale lembrar que Senor Abravanel, o Silvio, faleceu neste sábado, 17/08, após ter broncopneumonia em decorrência da infecção por Influenza (H1N1).