Doenças respiratórias como asma e rinite são os tipos mais comuns
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) aponta que cerca de 30% da população brasileira têm algum tipo de alergia, dos quais 20% são crianças. Segundo a pneumopediatra Juliana Lima (CRM-SP 129.757 e RQE 107.446), as alergias na infância podem acontecer por alérgenos respiratórios como poeira, odor forte, ácaros e provocar crises de rinite e asma. A médica explica que as alergias também podem ser desencadeadas por exposição a alguma medicação, alimentos ou inoculação de substâncias por picada de animal. José, de seis anos, filho do cantor Zé Neto, foi picado por uma abelha e sofreu choque anafilático após uma reação alérgica grave. “Nesses casos teremos reações alérgicas na pele como urticária, inchaço de olhos, boca, tosse acompanhada de falta de ar, náuseas e vômitos”, comenta.
Os sintomas característicos da alergia incluem:
Rinite: espirros, prurido nasal, coriza.
Asma: tosse seca, falta de ar, aperto do peito, chiado.
Urticária: placas vermelhas pelo corpo pruriginosas.
Angioedema: edema de olhos, boca, garganta (nesse caso muito relacionado à anafilaxia).
Respiratórios: chiado, aperto no peito, tosse.
Gastrointestinal: náuseas, vômitos (casos mais graves relacionados à anafilaxia).
A pneumopediatra destaca que o diagnóstico, primeiramente, é clínico. Depois são feitos exames como testes alérgicos de sangue ou cutâneo. “Em alguns casos fazemos teste de exclusão para avaliar se há melhora dos sintomas”, diz.
De acordo com Juliana, as alergias podem ser controladas, evitando a exposição aos fatores de risco e, em alguns casos, fazendo imunoterapia específica, mas eles devem ser avaliados por um alergista e imunologista. A médica lembra também que a escola pode ajudar os pais na observação de um possível quadro alérgico, percebendo sintomas como placas vermelhas na pele, falta de ar associada a tosse e inchaço na região do rosto, sem causa aparente, pode ser alergia e deve ser levada de maneira imediata ao pronto atendimento.